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quarta-feira, 23 de maio de 2012

Nossa História - Flávia e Isabelle



Meu nome é Flavia tenho 31 anos, casada a 11 anos, tenho um lindo filho de 4 anos, moro na cidade de Presidente Venceslau – SP.

Em julho do ano de 2011 descobri que estava grávida, fiquei um pouco assustado de principio, pois de meu primeiro filho tive muitas dificuldade de engravidar, foram sete anos de tentativas, eu com endometriose e meu marido com certo grau de infertilidade, ai engravidamos do Felipe foi uma alegria incomensurável. 

Passados três anos descobri que novamente Deus havia me abençoado e seriamos pais novamente.

Passei muito mal na gravidez, muita indisposição fiquei muito gripada passei por um pneumologista afinal estava com muita febre, ele me receitou alguns medicamentos e melhorei um pouco, em seguida dois dias depois fui parar no hospital, fiquei ruim do fígado, por causa de um sashimi”kkkkkk”, fiquei 3 dias internada, sai no sábado; na segunda com quatro meses de gestação seria o grande dia, o dia de saber o sexo através da ultra-som morfológica, fiquei muito emocionada em saber que seria uma menina minha filha Isabelle, sai muito contente da ultra-som e fui para o médico, mal sabia eu que meu mundo cairia naquele dia; entrei no consultório e o médico estava com aquela cara, sentei e ele falou que meu bebe tinha uma má formação, Hérnia Diafragmática Congênita, fiquei assustada nunca tinha escutado falar sobre isso, ele não me explicou o que era só disse que era muito sério e que estaria me enviando para São Paulo para um especialista em medicina fetal no Centro Paulista de Medicina Fetal, sai desesperada sem saber do que se tratava, o chão se abriu em minha frente, chorei muito.

Liguei no Centro Paulista de Medicina Fetal e marquei a ultra-som com Doppler com o Dr. Mauricio Mendes Barbosa, segui para São Paulo, chegou o dia entrei no consultório ele veio com um papel e foi explicando a gravidade do problema fiquei assustada, e ele foi falando sobre prognósticos bons e os ruins sobre a cirurgia do balão que alguns bebes faziam quando tinha prognóstico ruim.Me levou para outra sala fez a coleta do líquido amniótico ( amniosentese ) disse que queria descartar qualquer síndrome que algumas vezes o bebe possa ter.Fiz o exame a ultra-som, voltei para minha cidade e fiquei aguardando o resultado, nossa que ansiedade até que recebi a noticia que ela era perfeita, foi uma alegria como a tempos eu não sentia.

Eu ia de 15 em 15 dias a SP para acompanhamento e estava tudo bem ela crescia normal a relação pulmão/cabeça estava boa o pulmão contra lateral desenvolvendo dentro do esperado para quem tem HDC. O fígado não tinha herniado e foi descartada a necessidade da cirurgia do balão.
Com 30 semanas de gestação fui novamente fazer a ultra e o inesperado o fígado tinha hernidado novamente um desespero, não dava mais tempo de colocar o balão, o médico ficou surpreso, mas a relação pulmão/cabeça continuava boa.Comecei a ir mais vezes a SP para o acompanhamento ele me indicou ganhar n Hospital e maternidade Santa Joana pois seria o mais experiente em HDC.Disse que com 36 semanas eu deveria ficar de vez em SP para não correr o risco de entrar em trabalho de parto.
Eu já estava afastada do meu emprego desde os quatro meses afinal tinha tido um sangramento, pois minha placenta estava baixa, ela subiu ai descobri a HDC ele achou melhor me ausentar para não correr o risco de um parto prematuro.

Voltando ao assunto, o médico me deu o encaminhamento para o meu plano de saúde afinal eu era de outra região, vim para resolver tudo com o plano, e mais uma vez fui surpreendida minha Unimed não cobria partos no Hospital e Maternidade Santa Joana, fiquei em desespero chorei muito na Unimed mas não tinha o que ser feito, eles me indicariam um hospital com cobertura afinal na minha região os hospitais não estavam preparados para receberem bebes com HDC.
Tentei recorrer a justiça, mas me foi negado a liminar, a Unimed me indicou o parto no Hospital Unimed Santa Helena, e tive que aceitar.

Com 37 semanas fui para são Paulo, sem médico, pois o meu não atendia pela Unimed e nem no Hospital Santa Helena, ele me indicou o Dr. Jamir que falo que foi um anjo em minha vida não tenho palavras para agradecer tudo que ele fez por mim, ele cuidou de tudo marcou o dia conversou e deixou a equipe pediátrica esperando a chegada da Isabelle.

Chegou o grande dia, 39 semanas uma mistura de ansiedade e alegria, medo e esperança, minha família estava toda em SP e isso me animou,dia 09/03/2012 estava marcado o parto para as 10:00 da manha, as 00:00 tive um sangramento fiquei muito ansiosa mas ela tinha que nascer. Fui para o hospital as 05:00 , fui para a sala de pré parto e a Isabelle estava mexendo muito, eu a acariciava e dizia a ela que daria tudo certo, procurei manter a calma,chegou o momento pelo corredor escutava os médicos conversarem sobre o caso,eles estavam reunidos para a chegada dela. A minha amada filha nasceu as 10:49, um dos dias mais tristes de minha vida, meu esposo estava atrás de mim, olhei seus olhos ficarão atônitos com o que vira,ela não chorou e nasceu roxinha segundo ele me descreveu depois. Levaram ela as pressas foi entubada e eu fui pra recuperação, passei mal muita falta de ar,me colocarão no oxigênio um pouco subi para o quarto era mais de 15:00, meu esposo disse que tinha visto ela e ela estava bem, tiveram que mante-la sedada pois era muito agitada.

Passei muito mal senti muitas dores na cesárea. Chegou dia 10/03/2012 fui conhecer minha princesa, senti medo por um instante estava sozinha, tomei coragem e fui. Chegando à UTI a Dra. Veio falar comigo e disse que ela estava muito mal, não havia melhora no quadro, fui vê-la, cheguei perto dela ela estava cheia de fios, era linda perfeita, acariciei seu rostinho, orei por ela naquele instante, ela fez um pequeno movimento com as sobrancelhas como se me reconhecesse, a enfermeira ficou animada, pois achou que por um instante ela melhorou com a minha presença, mas na verdade ela estava se despedindo de mim. Ela começou a passar muito mal e me retirarão da sala, a Dra. Pediu para meu esposo vim para o hospital imediatamente, pois ela estava muito mal.

Subi para o quarto e la fiquei sem saber o que pensar, meu Deus como foi difícil aqueles momentos, meu esposo chegou e pedirão que descêssemos, fomos, chegando La a Dra. Veio e disse, infelizmente ela faleceu,dia 10/03/2012 as 11:07,foi como uma facada no meu coração,ela pediu que eu pegasse ela no colo mesmo morta que seria bom, e foi o que fiz, peguei ela em meu como ela estava tão quentinha,louvei aquele louvou que diz:
            -Você é linda de mais perfeita aos olhos do pai ninguém igual a você não vi jamais, perfeita, princesa.
            E o louvor do toque no altar que diz:
            -Quando tudo diz que não, sua voz me encoraja a prosseguir, quando tudo diz que não ou parece que o mar não vai se abrir,sei que não estou só, etc...


Meu esposo só chorava, fiquei por um tempo com ela em meus braços, ainda posso sentir seu cheiro doce, ela esfriou em meu colo, ó Deus como foi difícil, entreguei-a a enfermeira e fui para o quarto.
Meu esposo foi resolver as coisas para irmos para nossa cidade fazer velório e o enterro a 620 km dali.
Saímos as 19h00min e seguimos, chegamos as 03h00min, velamos nossa filha, no outro dia há enterramos.
O
 que ficou em nosso coração foi à saudade, mas nunca a revolta, pois Deus sabe de todas as coisas, ele diz em sua palavra:
            -Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor.
            Não é fácil superar uma perca, mas sei que minha filha esta nas mãos de Deus e isso me acalmam.

Minha amada filha viveu 24 horas neste mundo, e nove meses em meu ventre, ela não era desse mundo, Deus há trouxe com algum propósito, temos que aceitar a vontade de Deus mesmo sendo tão dolorido, foi muito difícil escrever minha história, as lagrimas rolam dos olhos sem parar.
Sobre a HDC o que tenho a dizer, só sabemos a gravidade real na hora do nascimento, e contra esse mal só existe um que pode salvar o bebe e se chama Jesus Cristo, há você que esta passando por isso creia, pois a fé pode mudar sua história.


E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas. 
Apocalipse 21:4

Se quiserem entrar em contato comigo meu e-mail é: flavia3078@hotmail.com


2 comentários:

  1. oii em ocionante a história da Cecilia!! uma guriazinha muito forte e decidida a ficar por aqui!!!


    estou seguindo
    segue omeu blog tmb
    http://likadubois.blogspot.com.br/

    beijos

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